sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A LUZ DO SOL ME SORRIU



A LUZ DO SOL ME SORRIU

de
Maria Zélia Gomes


Faz-me falta a luz do luar
No teu olhar a brilhar
Nesse olhar da cor do céu
Só do sol eu tenho a luz
Essa luz que me conduz
A esse universo teu

Faz-me falta a minha estrela
Dei tudo pra não perdê-la
Mas sem cuidar … me fugiu …
Agora que a luz do luar
Está reflectido no mar
Só luz solar … me sorriu!
15.08.2009 

A LOJA DO POETA



A LOJA DO POETA
de
Maria Zélia Gomes

Na loja do poeta
Há um canteiro
Onde há flores
D’amor verdadeiro
Numa amálgama de
Cores e odores …
Há um cantinho doce
Cor de mar …
Enfeitado com raios
De luar …
Que escondem …
Poemas de amores …
Na loja do poeta
Há saudade
Da vida que passou
Já da idade
Mas que evoca
Poemas de paixão …
Na loja há à venda
Por magia …
As mágoas do poeta
Em Poesia … 
Nascidas no calor …
Da solidão!

11.02.2008

A FOLHA DA HERA



A FOLHA DE HERA
de 
Maria Zélia Gomes

Era uma folha de hera
Com “doce” nome gravado …
Se apagá-lo … pudera …
O coração não sofrera …
Por se ter apaixonado …

Deixei-a então esquecida
A folha amarelecida
Nas folhas de um livro velho …
E hoje o meu coração
Chora a dor e a solidão
Vendo … com imperfeição …
A folha … tal qual um espelho!
08.05.2007

A ECLOSÃO DA SAUDADE



A ECLOSÃO DA SAUDADE

de
Maria Zélia Gomes

Trouxe o vento tão forte
Silêncios de vento norte
Ecos profundos da vida
E no vale do encantamento
Onde se propaga o vento
É que a vida é decidida
É nas noites sem luar
Que o trovão a ribombar
Traz a densa tempestade …
É no silêncio do vento
Quando se ouve o lamento
Que eclode … a saudade!

05.02.2007

A DISTÂNCIA NÃO EXISTE


A DISTÂNCIA NÃO EXISTE
 de
Maria Zélia Gomes

A distância não existe
Se o amor forte persiste
Em morar no coração …
A distância é encurtada
E não pode haver mais nada
Que vida … com sedução …

Na linha do horizonte
Na fina água da fonte
Há sonhos em melodia …
Há carícias e carinho
E as vozes falam baixinho
Os versos da Poesia! 
                                  
14.05.2007

A FALTA DO TEU ABRAÇO




A FALTA DO TEU ABRAÇO

de
Maria Zélia Gomes


A saudade vai levando
Minhalma vai despertando
Os ventos desta paixão
Solidão se aproximando
No coração se instalando
Por conta … da ilusão

Vai a vida caminhando
A brisa do meu mar brando
Traz tristeza e cansaço
A saudade apertando
A solidão … magoando
Na falta do teu abraço!


13.05.2002

PARASTE PARA PENSAR



PARASTE PARA PENSAR

de
Maria Zélia Gomes


Fizeste uma paragem
Na tua longa viagem
Directa ao meu coração
Paraste para pensar
Se vale a pena tentar
Falares de afeição


E tudo o que me disseste
Do beijo que não me deste
Do amor que já morreu
Fiquei perdida a um canto
Vertendo amargo pranto
Que não pedi para o Céu!

26.05.2006

terça-feira, 20 de novembro de 2012

NATAL DE AMOR E VIDA


NATAL DE AMOR E VIDA

de
Maria Zélia Gomes


Sorri amigo meu, sorri à vida

Oferece a tua mão, (não dês por dar!)

Com esse nobre gesto, dás guarida,

A quem passa na vida, por passar!



Esse teu gesto franco, tão bonito,

Pode livrar alguém da amargura!

Diz-lhe palavra amiga, com sentido,

Sorrisos, pr’a esquecer a desventura!



Esse teu gesto amigo, verdadeiro,

Que obriga alguém triste a sorrir,

Vai valer muito mais do que o dinheiro,

Que esse irmão te pede, sem pedir!



E neste Natal que aí está chegando,

Que deverá ser Quadra de Amor …

Oferece a tua mão, de quando em quando,

O teu mais belo sorriso e vai amando,

Vai, pelo mundo, servindo o Teu SENHOR!!!


09.12.2000

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ENCONTREI O AMOR


ENCONTREI O AMOR

de

Maria Zélia Gomes



No espaço sideral

Encontrei o teu amor

E sobre um belo mural

Vi surgir lindo vitral

Que “cega” com seu fulgor


Há uma Aurora Boreal

Num céu bordado de estrelas

À beira-mar há coral

Há um rio … em que o caudal

Desenha amor sobre telas!                                        

domingo, 18 de novembro de 2012

ABRAÇO À NATUREZA


ABRAÇO À NATUREZA



de

Maria Zélia Gomes



Vai o sol se despojando

Dos seus raios de brilhar

A noite vai avançando

O céu se iluminando

Com o brilho do luar

Noite alta … madrugada

Noite bela … estrelada

A que a lua dá beleza

A brisa … subtilmente

Sopra livre … levemente

Abraçando a natureza!


24.08.2008

QUEM DERA SER BAILARINA


QUEM DERA SER BAILARINA

de

Maria Zélia Gomes



Quem dera ser bailarina

Ter música a cada esquina

Ou mesmo em qualquer lugar

Quem dera que o leve vento

Me levasse para o tempo

Em que sabia sonhar



Hoje há não sei sonhar

Tentando o tempo parar

Já não volto a ser menina

Quem dera não ter “crescido”

E neste mundo temido

Quem dera ser bailarina!

30.08.2011

A VOZ DO VENTO


A VOZ DO VENTO


de

Maria Zélia Gomes



Numa réstia de lua adormeci

E num raio de sol eu acordei

Em ondas do mar eu me debati

Num lençol de espuma me enxuguei



No sonho que vivi de madrugada

Mistura de tantas recordações

Percorri em tumulto a dura estrada

Dum passado com tantas emoções



No silêncio da noite a luz da lua

Veio beijar a minha testa nua

E apagar em mim o sofrimento



De manhã a radiosa alvorada

Do sonho que vivi não achou nada

Meu passado se foi na voz do vento

18.11.2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

PROCURO MEU SONHO


PROCURO MEU SONHO

de

Maria Zélia Gomes



Procuro ...

Meu sonho de maresia

No meu vento de magia

No fulgor da maré cheia

Meu coração destroçado

Vive só … acorrentado

Preso entre grãos de areia



Ondas de mar e de espuma

Onde a brisa se esfuma

Em caudais de luz e cor

Meu mar é … imensidão

No meu céu de …vastidão

Nasce doce a luz do amor!

17.09.2012

NAS ASAS DO SONHO


NAS ASAS DO SONHO



de
Maria Zélia Gomes



Nas asas do sonho,

Deitada nas nuvens,

Meu cavalo alado

Levou-me pr’a longe

Pr’as altas montanhas !


Lá longe a manhã

Rompia a negrura

Da noite silente,

Triste, abandonada,

Com raios de dor !

No Céu cor de chumbo,

Surgiu o Arco-íris,

Rompendo a Aurora,

Entre nuvens pardas,

Sem sol a brilhar !


Das altas montanhas,

Meu cavalo alado

Trouxe-me de longe ...

Nas nuvens deitada,

Nas asas do sonho,

Do meu pesadelo ... !!!
                     23.04.1979

QUERO TODOS OS TEUS BEIJOS


QUERO TODOS OS TEUS BEIJOS

de

Maria Zélia Gomes



Quero ter esse teu sonho

Que põe um ar tão risonho

No teu rosto amorenado

Quero ver-te a sorrir

Pra nunca te ver sair

Quando estiveres a meu lado

Quero o teu beijo molhado

Um beijo apaixonado

Que acalme os meus desejos

Quero-te com ansiedade

Com a tua sensibilidade …

Quero todos os teus beijos!

27.04.2007

terça-feira, 13 de novembro de 2012

NÃO SOBROU NADA


NÃO SOBROU NADA



de
Maria Zélia Gomes

 



Acabou o que pensei

Ser um dia um grande amor

Meus sonhos … eu “revirei”

Agora … nem sequer sei

Se em mim foste … fulgor


Na vida foste … fulgor

Foste lava em ebulição

Na minha vida animada …

Hoje … fui te recordar

Tentando em mim te

“Encontrar” …

Mas de ti, não sobrou nada!


08.11.2006

NASCI E VIVI


NASCI E VIVI



de
Maria Zélia Gomes



Nasci do amanhecer

Nas palavras sem lamento

Que brotam da minha voz

Quando vem o entardecer

Vem até meu pensamento

O amor que houve entre nós


Vivi no entristecer

Das orlas da beira-mar

Em olhar de encantamento

Quando chega o entardecer

Vivo sonhos sem sonhar

Pra acabar com sofrimento


Vou morrer na alvorada

Quando a noite for dormir

Estrelas “fujam” do céu

Vou findar na madrugada

Irei deixar de sentir

“Pruridos” do amor … teu!
16.07.2006



NESTA NOITE FRIA


NESTA NOITE FRIA



de
Maria Zélia Gomes



Nesta triste noite fria

Escura, densa, sombria

Vai gelando o pensamento

E o ribombar do trovão

Alerta o coração

Que em silêncio escuta o vento

No ardor da madrugada

A lua envergonhada

Esconde-se triste … vazia …

O meu sonho vem então

Despertar a ilusão

Perdida na noite fria!

17.05.2007

O TEU CORPO


O TEU CORPO



de
Maria Zélia Gomes

 



Teu corpo

É o meu vício

Meu refúgio …

Meu suplício …

Meu veleiro

Aventureiro …

Meu alento

Meu tormento …

O meu choro

Meu tesouro …

É da alma

A minha palma …

Do meu corpo

É a ternura …

Nesta minha

Desventura …

De que faço …

Esta loucura!


22.01.2001

O TEMPO A PASSAR


O TEMPO A PASSAR


de
Maria Zélia Gomes




“Vejo o tempo passar

Tão lentamente …”

Era o que eu dizia

Antigamente

Achando que o tempo

Não andava …

Olhando para trás

V ou constatando

Que o tempo inexorável

Vai passando …

E eu … perdendo a vida …

Nessa … estrada!


16.10.2006

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

PRISIONEIRA DA SAUDADE


PRISIONEIRA DA SAUDADE



de
Maria Zélia Gomes




Ânsia incontida

Rasgo de uma vida

No véu da saudade

Amor … compaixão

Ternura … afeição

Em louca ansiedade

Escrava … prisioneira

Alma aventureira

No prazer e dor

Espera a madrugada

E … na alvorada

Brota um novo amor!
23.05.2003

FINGIMENTO


FINGIMENTO




de

Maria Zélia Gomes



Quando a dor te magoar

Pede um pouco de luar

E tenta sorrir à vida

Disfarça a tua dor

Põe no teu olhar fulgor

Esconde a vida dorida


Se o teu olhar é sombrio

Se sentes um frio vazio

Faz de conta que sorris

Esconde o olhar tristeza

Ri da própria “natureza”

E finge … que és feliz!

16.10.2006

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

GOSTO DE FLORES











 



GOSTO DE FLORES



de

Maria Zélia Gomes



Gosto do azul nas flores

O azul ou outras cores

Qu'importa se são tão belas?

Gosto de as ver “sorrir”

Sob o sol as ver florir

Ou mesmo sob as estrelas


Gosto de flores em canteiros

Cuidadas por jardineiros

Que as tratam com amor

Gosto de flores silvestres

De “malmequeres” campestres

Que se abrem com fulgor!

05.11.2012





domingo, 4 de novembro de 2012

CADA SER


CADA SER



de
Maria Zélia Gomes



Cada ser que por nós passa

Traz um ar leve, de graça

Que evoca a Primavera

São pedaços de carinho

Num passar tão “miudinho”

Que nos faz ficar à espera



E ficamos a olhar

Esses seres que, ao passar

Nos trazem nova alegria

Deixam ficar a certeza

Que foi banida a tristeza

E a vida … ganha magia!



14.07.2007









CADEIRA DE BALOIÇO


CADEIRA DE BALOIÇO




de

Maria Zélia Gomes




Baloiçando, vou sonhando

Quem sabe até, se dormindo …

Vou a vida repassando

Olho para trás até quando

“Vejo” meus olhos sorrindo



Sorrindo interiormente

Ah o que minha alma sente

Ao recordar o passado

Em cadeira baloiçando

Meus sonhos vou desfiando

De coração apertado!

04.11.2012