terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O VENTO DA MADRUGADA



O VENTO DA MADRUGADA

de
Maria Zélia Gomes


O vento da madrugada
Torna a lua enfeitiçada
Suspirando o seu olhar
O vento fica soprando
Vai o luar empurrando
Reflectem-se raios no mar

E o mar tão cintilante
Soa doce … insinuante
Beijando a orla da areia
Uma onda anilada
Fica então apaixonada
Pelos raios da lua cheia!

                      17.04.2007

O VERDE DO MEU SONHAR



O VERDE DO MEU SONHAR

de
Maria Zélia Gomes


O azul do teu olhar
E o verde do meu sonhar
Juntam-se em harmonia
Há alegria no ar
Sonhos a concretizar
Em versos … pura magia …

E o verde do meu sonhar
Sob os raios de luar
Fita o teu olhar azul
A luz dentro dos teus olhos
Mostra alegria aos “molhos”
Embrulhada em fino tule!

                                23.06.2009

O TEU RISO




O TEU RISO

de
Maria Zélia Gomes


É um açoite o teu riso
Que sempre me martiriza
É o esgar de um sorriso
É um mal de que preciso
E que a vida me agoniza

É esse riso que cresce
A gargalhada estremece
No meu rosto acabrunhado
Choro de dor e tristeza
E nesta dor há certeza
Que o amor … passou ao lado!

                            25.01.2007

ESCONDI A MINHA DOR




ESCONDI A MINHA DOR

de
Maria Zélia Gomes


No sorriso baço
Da ilusão
Escondi no tempo
A minha dor …
Dei largas à
Minha solidão …
Amordacei este
Meu coração …
E esqueci que
Um dia tive…
... Amor!

19.12.2006

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

RIO DE ÁGUAS PURAS



RIO DE ÁGUAS PURAS

de
Maria Zélia Gomes


Águas puras, cristalinas
Descendo pelas vertentes …
Pulam, saltam, quais meninas
Tão traquinas … inocentes …

São as águas do ribeiro
Que vai correndo ligeiro
Sem escolher o destino
É riacho sinuoso 
Alegre tão desejoso … 
De deixar de ser menino …

Rio claro tão brilhante
Vais passando e neste instante
Quedo-me aqui a pensar …
Que nasceste lá na serra
Matas a sede ao sedento

E aqui, onde me sento …
Olhando o teu caminhar
Vou contigo em pensamento
Levo comigo o alento
Para te ver espraiar … 
Lá longe … no imenso mar!

       22.04.1995

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PAISAGEM

Poema de Maria Zélia Gomes

Formatado por Almério Carreira




http://youtu.be/UUzKYq9tesc

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

AS MINHAS MÁGOAS



AS MINHAS MÁGOAS 


de
Maria Zélia Gomes


Se ao olhares para mim
Encontrares uma lágrima …
Colhe essa gota de água …
Que é fruto de alguma mágoa …
Envolve-a em cetim!


Cetim ou pano de linho …
Ou num manto de estrelas …
Envolve as minhas mágoas …
Trata-as bem... dá-lhes carinho … 
Leva-as ao mar, que ao vê-las …
Afoga-as nas suas águas!

                               20.04.2006

AS SAUDADES QUE TENHO




AS SAUDADES QUE TENHO 

de
Maria Zélia Gomes


Tenho saudades do amor …
Do sol com o seu calor …
Do mar quando se espraia …
Tenho saudades dos dias …
Quando crio poesias …
Vendo a onda que desmaia! 


Tenho saudades do verão …
Do calor da tua mão …
Tacteando a minha pele …
Saudades desses teus beijos …
Que matam os meus desejos …
Ao cavalgares meu corcel!
                               08.05.2006

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

AMIZADE É POESIA



AMIZADE É POESIA

de
Maria Zélia Gomes


Na vida há que escolher
Entre tudo o que houver
O que nos dá felicidade
Se vivermos a pensar
Que a vida dá pra sonhar
O sonho irá levar
A quem nos dá amizade!

Amizade é luz e vida
Que nos alegra e convida
A viver em harmonia
Se dermos as nossas mãos
E formos todos irmãos
Amizade é Poesia!
                                   03.08.2011

ABRAÇADA À POESIA



ABRAÇADA À POESIA

de
Maria Zélia Gomes


Nunca soube separar
Qualquer dos meus sentimentos
Juntei real … com sonhar
Alegria com chorar
Silêncio com os lamentos

Misto de raiva e amor
Saudade e desamor
Com ânsia e nostalgia
Vivi a vida a correr
Agora só sei viver
Abraçada à poesia!
                            27.04.2011

A NOITE DEU-ME UMA ESTRELA



A NOITE DEU-ME UMA ESTRELA

de
Maria Zélia Gomes


A noite deu-me uma estrela
Que entrou pela janela
Do meu quarto de dormir
Senti que me veio beijar
Veio meu rosto afagar
E comecei a sorrir

Foi sonho? … talvez não fosse
Porque o beijo foi tão doce
Que desisti de acordar
A estrela que a noite deu
Foi “roubada” lá do céu
É minha estrela de amar!
                                     05.05.2011

A GATINHA COR DE ROSA



A GATINHA COR DE ROSA

de
Maria Zélia Gomes


Gata rosa? quem diria
Que encontraria um dia
Esta cor numa gatinha
Conheço cor amarela
Cinzenta de cor tão bela
Castanha ou até branquinha

Mas rosa? eu nunca vi
Só mesmo vinda de ti
Minha querida amiguinha
Por gatinhos tenho amor
Tenham eles qualquer cor
Pra mim são uma gracinha!
                                     04.10.2012

PAISAGEM



PAISAGEM

de
Maria Zélia Gomes


Uma janela assim, bela e florida
Realça ainda mais a Natureza
E um encanto e dá sentido à vida
Através dela só se vê beleza


Beleza que se vê a céu aberto
Um céu azul de beleza infinita
As nuvens que ali voam são decerto 
Parte dessa paisagem tão bonita


As nuvens que no céu vão passeando
A todos com leveza vão mostrando
A Natureza em todo o seu esplendor


Quero abrir a janela para a vida
Dizer ao mundo que não estou vencida
Estou curada de um falso amor!
                                   12.01.2013

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

OLHO ATRAVÉS DA JANELA



OLHO ATRAVÉS DA JANELA

de
Maria Zélia Gomes


Olho através da janela
A tarde fria … outonal 
E a chuva que vejo nela
Neste dia, quero vê-la
Fugindo do temporal

O temporal vai chegando
A tarde “acinzentando”
Deixa triste o coração
No cinzento do olhar
Há silêncio a palpitar
E na alma em combustão …
Faz-se luz … na escuridão!
                    24.10.2006

OLHANDO ESTRELAS




OLHANDO ESTRELAS

de
Maria Zélia Gomes


Receio olhar as estrelas
Tenho medo de perdê-las
Por muito tempo as olhar
Mas os meus olhos teimosos
Por serem tão curiosos
Vão deixar se enfeitiçar

As estrelas vão brilhando
Lá no céu se deleitando
Com meu olhar de paixão
Vai o vento, num lamento
Aguçar meu pensamento
E … “morro” de solidão!
                 22.05.2006

OLHAR O PASSADO



OLHAR O PASSADO

de
Maria Zélia Gomes


Olho o passado distante
E fico assim num instante
Com peso no coração
Vêm gotas de saudade
Manchando a felicidade
A lembrar a solidão

Foi solidão que vivi
Quando eu te conheci
E te amei com loucura
Do meu passado ausente
Hoje só resta o presente
Já esqueci a amargura!

                                04.11.2006

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

SOLIDÃO



SOZINHA

de
Maria Zélia omes


Embrulhada no abraço
Apertada em teu regaço
Sozinha passo e repasso
E vou riscando um traço
Dentro do meu coração …

Cansada do teu cansaço
Sinto teu braço e enlaço
Vendo o tempo ser escasso
Até que sinto o abraço
Desse teu braço tão lasso
Envolver-me … em solidão!

                                 08.08.2006

TALVEZ UM DIA ... QUEM SABE ...



TALVEZ UM DIA …

    QUEM SABE …


de
Maria Zélia Gomes


Talvez um dia

Eu possa olhar …

Essa luz

Que vem do mar …

Que traz 

Raios de luar …

E ventos 

De tempestade …

Talvez um dia …

Eu venha

P’ra te dizer …

Que nasci

P’ra te oferecer 

Um amor …

Um bem querer …

Mas … para

Além do luar …

Terei para

Te ofertar …

As marés

Deste meu mar …

Deste meu mar

De saudade!
                                      19.09.2006

VOZ QUE ME ENCANTA



VOZ QUE ME ENCANTA

de
Maria Zélia Gomes


No silêncio
Da voz que
Me encanta
No calor
Dessa vida
Que me atrai
Tu és o que
Na voz e na
Garganta
Tens sempre
Uma candura
Que é tanta
E que do
Coração …
Nunca mais sai!

                    
                            13.11.2006

O AMOR NUNCA SE IMPLORA



O AMOR NUNCA SE IMPLORA

de
Maria  Zélia Gomes



O amor nunca se implora 

Se ele se quer ir embora

Nem sequer o vou deter 

Que não perca a carruagem

Que faça boa viagem …

Já nada me faz sofrer!


Cansei-me de implorar

Muitas lágrimas chorar

Por alguém que não me amou 

Já não volto a implorar

Já nem sequer vou chorar 

Pois o que era … passou!

           22.08.2008

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

POESIA LOUCA



POESIA LOUCA


de
Maria Zélia Gomes


Canto o verso
Nasce o sonho
Luz da minha
Euforia …
Este verso
É o inverso
Na luz do
Meu universo
Quando nasce
No meu peito
Livre … 
Solta … 
Sem conceito …
Esta tão louca
Poesia!

                       07.04.2006

MORRO DE SAUDADE



MORRO DE SAUDADE

de
Maria Zélia Gomes

Morro de saudade …
Do amor que me levaste
Da ternura que apagaste
Dentro do meu coração …

Morro de saudade …
Do carinho prometido
Dito baixinho ao ouvido
Em momentos de paixão …

Morro de saudade …
De tudo o que me deixaste
O amor que sonegaste
Da tua leviandade 
Morro aqui sombriamente
Da solidão que se sente
Quando se instala a saudade!

                                  16.07.2006 

HÁ MOMENTOS DE ...





HÁ MOMENTOS DE ...

de
Maria Zélia Gomes

Há momentos de ternura
E também os há de amor
Há momentos de candura
Momentos bons de doçura
Também os há de furor

Há momentos de magia
De silêncio e nostalgia
De tristeza e … solidão
Há os de pura vertigem
Ou aqueles que nos cingem
E amordaçam o coração 

Há os momentos de sonho
No teu rosto bem risonho
Desse sorriso anelante
Há momentos de ilusão
Momentos de sedução
Dum poema cintilante!
                                 12.11.2006

ESCREVO SE ME APETECE



ESCREVO SE ME APETECE

de
Maria Zélia Gomes


Escrevo de noite e de dia
Conforme me apetece
Escrevo amor, harmonia
Escrevo minha Poesia
Poesia não se esquece
Escrevo dor e alegria
Escrevo vida e paixão
Quando escrevo Poesia
Minh’alma canta magia
Embalando o coração!

                        15.05.2008


ESPERANÇA DE MIM



ESPERANÇA DE MIM

de
Maria Zélia Gomes

Ah …
Esperança de mim …
Que estás ausente …
Que te recolhes
No mundo …
Que foges do meu
Presente …
Que me mantenho
Carente …
Tão só … triste …
Sem fim …
Que vives
Tão indiferente
Tão ausente …
Inclemente …
Longe de mim
E do mundo … 
Num recanto
Sem encanto …
Num desalento …
Profundo!

                        02.06.2006

ESPAÇO ESQUECIDO



ESPAÇO ESQUECIDO

de
Maria Zélia Gomes


Do meu silêncio oiço a voz
Nesse som, que entre nós
Ganhou espaço esquecido
Caminhando sem parar
Vou com ânsia procurar
O meu destino perdido
E busco em qualquer lugar
O caminho para ficar
Perto dum porto de abrigo
Vou construir outro espaço
Onde eu ganhe o abraço
De um ombro … bem amigo!


09.07.2007

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O AZUL DAS MANHÃS



O AZUL DAS MANHÃS

de
Maria Zélia Gomes

Tanto azul que vejo além
É do céu … do mar também
Essa cor de vários tons …
Que bela é a Natureza
Que nos oferece beleza
Quando o ar se enche de sons 

Pipilam os passarinhos
Acomodados nos ninhos
Esperando a “refeição” 
Miam os gatos na rua
“Treinando” trovas à lua
Na maior exaltação 

Põem-se os cães a ladrar 
Ouvem-se galos cantar 
No rio … coaxam rãs 
Assim é a Natureza
Que Deus fez com tal grandeza
Como o azul das manhãs!

                             28.03.2007 





JÁ MEUS OLHOS




 JÁ MEUS OLHOS

de
Maria Zélia Gomes


Já meus olhos vão ardendo
Por lágrimas não choradas
E o coração fenecendo
Pede à alma que … doendo
Pare as gotas salgadas

Gotas de choro abafado
Quando no peito ansiado
A alma em silêncio, clama
Pérolas de amor sofrido
Quando o coração vencido
Já perdeu de todo a chama!

                                14.09.2007

IMAGEM DA POESIA




  IMAGEM DA POESIA


 de
 Maria Zélia Gomes


Sou andarilho perdido
No meio da escuridão
Demo ou Anjo dolorido
Coração entorpecido
Alma de dor … solidão

Sou verso de rima incerta
Vida da vida liberta
Que se perde na invernia
Sou rua sem ter luar
Vaga erguida no mar
Imagem … da poesia!

                           06.07.2009

HORA DA PARTIDA



HORA DA PARTIDA

de
Maria Zélia Gomes


Poetisa … sonhadora
Não passo de amadora
Nas “andanças” da Poesia
Mas quero e vou escrevendo
Estes versos que vão lendo
Onde … além da nostalgia
Deixo também … alegria …

Gosto da escrita em poesia
E peço a Deus cada dia
Que ilumine a minha vida
E enquanto Ele quiser
Continuarei a escrever
Mas quando chegar o dia
De não escrever Poesia
Lembrai-vos com nostalgia
Minha hora da partida!
                         17.04.2007 

A ABELHINHA



A ABELHINHA


de
Maria Zélia Gomes


Voa, voa ligeirinha

A pequena abelhinha

Sobre as flores do jardim 

Enquanto vai esvoaçando

O pólen vai “agarrando” 

Com as patinhas de cetim 


Depois voa tão ligeira 

Ela que é uma obreira

Direitinha para a colmeia 

Junta-se a outras abelhas 

Umas novas … outras velhas 

São obreiras de “mão cheia” 


Vão com enlevo enchendo

Os favos do mel gostoso

Esse excelente alimento 

E já estou antevendo

O apicultor zeloso 

Tirar-lhes o seu “sustento”


Irá depois aparecer

Esse mel de “bom comer"

Em frascos de puro cristal 

Enquanto a abelha rainha

Morre triste, coitadinha

Mesmo sem ter feito mal 


Cumpre-se um ciclo de vida

Da abelhinha colorida

De risca preta e amarela 

A sua vida é curtinha 

Pobre da linda abelhinha 

Para quem não brilha uma estrela!
                                      02.10.2006

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

ESTRANHO AMOR



ESTRANHO AMOR


de
Maria Zélia Gomes


Estranho amor que
Em meu peito mora
Estou há tempo
A mandá-lo embora
E ele teima em
Me fazer sofrer …

É de um amor que
Nunca esqueci
Um desamor que 
Em tempos vivi …
Não quero recordações …
Quero viver!

               20.06.2009

ESTRADA DA VIDA



ESTRADA DA VIDA 

de
Maria Zélia Gomes


Pela estrada da vida caminhei 
E sobre a minha vida fui pensando 
Algumas vezes rindo, outras chorando 
Tanta coisa vivi e já passei …


E agora quando a idade foi chegando
Mais meditei ainda em minha vida 
Quantas vezes fui “barco” sem guarida 
Quanto ela foi ainda me ensinando 


Na vida, a primavera foi correndo 
Com alguns sobressaltos fui vivendo 
Até quedar no limiar da idade 


Hoje sou uma mulher quase feliz 
Vivo a vida conforme Deus o quis 
Vou pela estrada da vida, com verdade!
                                             16.02.2006