quarta-feira, 24 de março de 2010

ACASO VISTE A SAUDADE?


















ACASO VISTE A SAUDADE?
de
Maria Zélia Gomes


Acaso viste a saudade …
Toda de negro vestida …
Desprezando a própria vida
E perdida na idade?


Acaso viste a saudade …
Esse mísero sentimento …
Que magoa, qual lamento
E dói mais do que a maldade?


Por acaso tu a viste…
Quando de noite partiste
Deixando-me abandonada?…


Se acaso a encontraste …
Diz-lhe que volte, à vontade …
Da vida … não espero nada!

SOLIDÃO



















SOLIDÃO
de
Maria Zélia Gomes


À minha vida chegaste
Assim tão rapidamente
Chegaste e me enlaçaste
A minha boca beijaste
Amaste-me loucamente

Foram horas? Um momento?
Não sei nem quero saber
Sei que o meu pensamento
Correu veloz como o vento
Feliz com o teu bem querer

Hoje … dessa “felicidade”
Dessa vida “colorida”
Ficou a recordação
Chegou depressa a idade
Resta-me hoje, na vida
A dor desta solidão!

19.04.2006

HOJE ...


















HOJE
de
Maria Zélia Gomes

Hoje …
Eu quero ver
A terna luz
Do teu olhar
Que me enlouquece …

Hoje …
Eu quero ter
As tuas mãos
Que me acarinham
Com ternura …

Hoje …
Sim … hoje …
Quero sentir
Teu corpo inteiro
A desbravar,
Sofregamente …
Todo o meu corpo
De mulher … !
08.09.1977

PODE SER








PODE SER
de
Maria Zélia Gomes

Pode ser que a felicidade
Que um dia prometeste
Não seja como a verdade
Desse amor que não deste

Pode ser que a promessa
Que um dia fizeste em vão
Não seja a voz que apressa
A fuga … da emoção

Pode ser … saberá Deus
Que a vida agora arredia
Vá junto de ti, um dia
Transformada em Poesia
E em Paz … digas adeus!


16.09.2007

segunda-feira, 8 de março de 2010

MULHER PRECIOSO SER



















MULHER PRECIOSO SER

de
Maria Zélia Gomes


A ti que és Mulher
Precioso ser
Que ao mundo dás vida
Este Dia é teu
E peçamos ao Céu
Vida pouco sofrida!

Mulher és amor
Mulher és doçura
Mulher és ternura
Mulher és calor
Mulher tu és tudo
És Mulher e também
Amiga sobretudo
Quando Mulher
Tu também és Mãe!
08.03.2010

MULHER DE RUA

















MULHER DE RUA

de

Maria Zélia Gomes


Tu mulher …
Que na rua estás à “venda” …
Cuja vida é uma lenda …
Todos te apontam o dedo …
Quem te olha mal te vê …
Vergonha?…Será?... De quê?
Se todos temos a culpa …!?
Da vida que vais levando…
Os que te estão usando …
Também não têm desculpa …
Foste mulher desprezada …
Na valeta estás “deitada” …
Como ser imprestável …
Eu, por mim, peço perdão …
Se te neguei minha mão,
Quando estavas precisada …
Mulher da vida … da rua …
Pões a tua alma nua
A troco do vil metal …
Quem te paga, não quer saber
Se o que vais receber
Tem “bom” destino … afinal!
É para pão p’ra comer?
P’ra filhos alimentar?
Ou será porque na vida
Erraste por tanto amar?
Se és da rua …
Do bordel …
Da beirinha da estrada …
Ou de outro sítio qualquer …
Não te vou recriminar …
Tu não és um ser qualquer …
Tu tens direito a viver …
Porque também és … MULHER!

08.03.2006

domingo, 7 de março de 2010

RIO DE ÁGUAS PURAS




RIO DE ÁGUAS PURAS
de
Maria Zélia Gomes

Águas puras, cristalinas
Descendo pelas vertentes …
Pulam, saltam, quais meninas
Tão traquinas … inocentes …
São as águas do ribeiro
Que vai correndo ligeiro
Sem escolher o destino
É o riacho sinuoso, alegre
Tão desejoso … de deixar
De deixar de ser menino …
Rio claro tão brilhante
Vais passando e neste instante
Quedo-me aqui a pensar …
Que nasceste lá na serra
Matas a sede ao sedento
E aqui, onde me sento …
Olhando o teu caminhar
Vou contigo em pensamento
Levo comigo o alento
Para te ver espraiar …
Lá longe … no imenso mar!
22.04.1995


quarta-feira, 3 de março de 2010

SOLIDÃO





















SOLIDÃO
de
Maria Zélia Gomes


À minha vida chegaste
Assim tão rapidamente
Chegaste e me enlaçaste
A minha boca beijaste
Amaste-me loucamente

Foram horas? Um momento?
Não sei nem quero saber
Sei que o meu pensamento
Correu veloz como o vento
Feliz com o teu bem querer

Hoje … dessa “felicidade”
Dessa vida “colorida”
Ficou a recordação
Chegou depressa a idade
Resta-me hoje, na vida
A dor desta solidão!

19.04.2006