domingo, 26 de janeiro de 2014

GOTINHA DE CHUVA


GOTINHA DE CHUVA 
de
Maria Zélia Gomes

Da chuva tu 
És gotinha
Translúcida 
E tão sozinha
No vão da
Minha janela …
Lá fora …
A tempestade …
Traz a marca
Da saudade …
Da minha 
Dourada 
Estrela!
         

O FADO É CANÇÃO DOLENTE


O FADO É CANÇÃO DOLENTE
de
Maria Zélia Gomes

O fado é canção dolente
É canção viva dum povo
É canção bem diferente
Seja o fado, velho ou novo

Geme a guitarra tão triste
Na voz quente do fadista
E nesse cantar existe
Um coração bem bairrista

O fado canta o amor
Canta traições e ciúme
Chora lágrimas de dor
Há nesse canto, queixume

Canta-se a triste saudade
Solidão e desamor
E com sensibilidade
No fado canta-se … a dor!
  21.11.2006



segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

TEUS OLHOS SÃO DOIS CRISTAIS


TEUS OLHOS SÃO DOIS CRISTAIS
de
Maria Zélia Gomes

Teus olhos são dois cristais
Pedacinhos de corais
Que o mar te deu de presente
São belos … doces … gostosos …
E os meus olhos … gulosos
Beijam os teus … ternamente!
09.maio.1990

sábado, 18 de janeiro de 2014

QUERO-TE... PORQUE TE QUERO!


QUERO-TE … PORQUE TE QUERO!
de
Maria Zélia Gomes

Quero-te … porque te quero
Quero-te … nem sei porquê 
Enquanto não tenho … espero
Não entro em desespero
Se não vens … logo se vê! 

Quero-te … é bom querer
Desejo-te … eu sou mulher
É sonho … é fantasia 
Quero-te … porque te quero
Enquanto não vens … espero 
Junto da minha … Poesia!
 03.03.2007

QUERO FALAR-TE DO AMOR


QUERO FALAR-TE DO AMOR
de
Maria Zélia Gomes

Quero falar-te do amor
Do amor não interesseiro
Dum belo amor verdadeiro
Que nos prende por inteiro
Que não tem forma nem cor

Quero falar-te do amor
Do sentimento profundo
Que une os seres neste mundo
Surge às vezes … “vagabundo” 
É sempre arrebatador!

Quero falar-te do amor
E … seja lá pelo que for
É cantado … em poesia …
Quero falar-te do amor
Desde o nascer … ao sol-pôr
Mas falar-te … em cada dia!

QUERO QUE SAIBAS POESIA


QUERO QUE SAIBAS POESIA …
 de
Maria Zélia Gomes

Quero que saibas poesia
Que sem ti não viveria
Que em solidão ficaria
Se me faltasses de vez

Nem o sonho me alegrava
Nem o amor me olhava 
A vida por mim passava
E a saudade era um revés 

Quero que saibas poesia 
Quero a tua companhia
Sou contigo outra mulher 
Não me abandones amiga 
Para que a vida prossiga 
Até quando Deus quiser! 
         11.11.2006

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A ESPERA


A ESPERA
de
Maria Zélia Gomes

Espero na manhã fria
Que se acabe a agonia
Da espera do teu voltar
Vou vivendo em conflito
Pois não sei se tenho em fito
Teu amor reencontrar

Mas se acaso ao chegares
Esse teu olhar quedares
Nos meus olhos de mansinho
Peço para desviares
Do meu olhar … teus olhares
Já não creio em teu carinho!
     10.02.2007

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

SOU APENAS UM PEDAÇO


SOU APENAS UM PEDAÇO
de
Maria Zélia Gomes

Sou apenas um pedaço
De saudade e de ternura
Trago comigo um abraço
Vou levando passo a passo
Uma vida de ventura

Sou uma réstia de luar
Um raio de lua cheia
E nas marés do meu mar
Nas ânsias do meu sonhar
Meus sonhos morrem na areia!

domingo, 12 de janeiro de 2014

AMOR FRUSTRADO



AMOR FRUSTRADO
de
Maria Zélia Gomes

Na minha vida vivida
Há lembrança dolorida
Há solidão e saudade
Há resquícios de amor
Que já perdeu o valor
Foi se o amor com a idade

São lembranças do passado
Um passado angustiado
Que cerceou meu viver
Mas esse amor frustrado
Já o esqueci … é passado
Hoje sou … outra mulher!
  17.09.2009

AMOR DO PASSADO


AMOR DO PASSADO 
de
Maria Zélia Gomes

Se de amor me perdi
Foi tempo que já passou …
Mente, como eu já menti …
Quem disser que nunca amou!

Amei em tempo remoto …
Vivi de encantamento …
Mas a Deus eu fiz um voto 
Para não ter sofrimento!

Esse amor do passado …
Por quem de amores me perdi …
Fez da minha vida um fado …
Um fado triste … chorado …
Mas das cinzas renasci!
 06.04.2006

AMOR AMANTE


AMOR AMANTE 
de
Maria Zélia Gomes

Do silêncio
Dos teus beijos
Saem ecos
De desejos
Nesse olhar
Tão flamejante 

E o coração
Vai batendo
Na boca se
Enternecendo
Meus beijos
De amor 
Amante!

sábado, 11 de janeiro de 2014

O TEU OLHAR


O TEU OLHAR
de
Maria Zélia Gomes

Teu olhar é meu desejo
É o meu querer de ternura
É meu espaço, o meu abraço
Meu momento de cansaço
Meu instante … de prazer

Teu olhar é o momento
É do amor a vertigem
Do coração … a imagem
Que se desfaz na voragem
Do tempo … em pensamento
Tem no vento … sua origem …

Teu olhar é minha vida
Que me deixa assim vencida
Distante … embevecida
No teu corpo delirante
Como amante .. anelante …
Nesse olhar … adormecida!
  31.05.2006






                                             

LEMBRO-ME


LEMBRO-ME
de
Maria Zélia Gomes

Lembro-me de tanto mar
De tanta luz do luar
De noites de amor ardente
Lembro-me de algas marinhas
De tantas saudades minhas
De tanto sonho inclemente

Lembro-me de solidão
De beijos de sedução
Quando te ias embora
Só tenho recordações
Lembranças de vis traições
Já nada me importa … agora!
 26.10.2006

LANÇO PALAVRAS AO VENTO


LANÇO PALAVRAS AO VENTO 
de
Maria Zélia Gomes

Lanço palavras
Ao vento
Numa raiva
Desmedida 
Cansada de
Sofrimento 
Tenho a dor 
No pensamento 
Com raiva da
Própria vida …

Sílabas se
Atropelando
Nas frases que
Vou falando
P’ra desfazer
Meu tormento 
Por tanto já
Ter sofrido 
Num passado
Mal vivido 
Lanço palavras
Ao vento!

LÁGRIMAS CHORADAS


LÁGRIMAS CHORADAS 
de
Maria Zélia Gomes

As lágrimas que já chorei
Se em pérolas se transformassem …
Eram tantas, que não sei
Quantos colares formassem …

Mas as lágrimas choradas
Aos olhos, não voltarão …
São como amores passados …
Que saudades deixarão … 

Saudades de amores perdidos
Dos tempos já esquecidos
Que me fizeram sofrer …

Passado triste, sofrido …
Agora … está esquecido …
Hoje … só penso em viver!
       14.01.2006

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

COMO É QUE EU EXPLICO À SAUDADE


COMO É QUE EU EXPLICO À SAUDADE 
de
Maria Zélia Gomes

Como é que eu explico à saudade
Que o amor me deixou …
Que matou a felicidade
Que até meu sonho gorou …

Como é que lhe vou explicar
Que me sinto dolorida …
Que já parei de sonhar 
Que estou desiludida …

Como é que eu vou explicar
Sem doer o coração …
Que somente vou chorar 
E sofrer de solidão …

Mas a saudade não quer
Saber de explicações …
Vou esquecer… vou viver
…Deito fora as emoções!
 08.01.2014

COMO É O TEMPO


COMO É O TEMPO
de
Maria Zélia Gomes

O tempo
Tudo leva
E tudo traz
Tudo destrói
E desfaz
Tudo
Carrega
Sem nexo

O tempo é
Traiçoeiro
Tornando-se
Aventureiro
Ah tempo …
Como o tempo é …
Complexo! 
 11.09.2006  

COMO EU GOSTAVA DE SER ...


COMO EU GOSTAVA DE SER
de
Maria Zélia Gomes

Olhos … pra me apaixonar …
Boca terna pra beijar …
Mãos doces pra te afagar …
Ouvido pra te escutar …
Braços para te abraçar …
Olfacto … pra te cheirar …
Como eu gostava de ser …
Apenas …
Tua mulher!
 08.08.2006

COMO CHUVA CAINDO


COMO CHUVA CAINDO
de
Maria Zélia Gomes

Como chuva que caindo
Alaga depressa o chão
Vão meus dias
Prosseguindo
Ora chorando, ora rindo
Mas sempre … sempre
Seguindo …
Com amor no coração!

Como orvalho na flor
Em manhã de Primavera
Assim ficará o amor
Alegre e com fulgor …
Do teu amor … sempre
À espera!
 12.03.2007

COISAS BOAS DA VIDA


COISAS BOAS DA VIDA

de
Maria Zélia Gomes


Há dias de fantasia
E dias de poesia
Nesta vida tão sentida
Há canções com melodia
Amores de pura magia
São coisas boas da vida

São coisas boas da vida
Nesta vida pressentida
Onde a noite é madrugada
Há risos de alegria
Há sonhos de poesia
Em alma apaixonada!
    17.08.2009

CINZAS


CINZAS 
de
Maria Zélia Gomes

Cinzas é tudo o que fica
Dos meus sonhos de ilusão …
Farrapos do coração …
Causados pela solidão …
Pelo amor que mortifica!

Cinzas foi o que restou
Deste amor desmoronado …
Do coração condenado …
A este amor fracassado …
Por alguém que muito amou!

Mas cinzas não vou guardar
No meu peito, p’ra sofrer …
Se partiste … vou esquecer …
Não volto mais a querer …
Conjugar o verbo amar!
  21.02.2006

CICIANDO POESIA


CICIANDO POESIA 

de
Maria Zélia Gomes

A saudade 
Cicia poesia 
Nos versos
Que escrevo
Com ternura …
E no sussurro
Escuto com magia
Melodia que
A alma acaricia
Perfumando
Meu estro …
De candura!
 05.09.2007



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

BAILADO DA CHUVA


BAILADO DA CHUVA
de
Maria Zélia Gomes

Chuva na rua e … em mim
Uma chuva grossa … forte
É esta chuva … ruim
Que parece não ter fim
Que me faz perder o norte

Chove na tarde cinzenta
Num contínua cadência
É uma chuva que atormenta
Que ao cair se lamenta
Criando em mim … demência 

Chove forte … sem cessar
Esta chuva … irritante
Eu fico aqui a olhar
Vendo a chuva a dançar
Num bailado … inconstante!
  31.01.2007  


APENAS UMA GOTA


APENAS UMA GOTA 
de 
 Maria Zélia Gomes

Foi apenas uma gota
Que caiu na minha mão …
Leve, cristalina, louca …
Fruto de uma emoção!


Uma lágrima sentida
Que se soltou sem querer …
Foi um pedaço de vida
Emanado do meu ser …


E essa gota de água
De amor, de ódio … não …
Ficou ali esquecida …


Foi uma gota de mágoa
Que saiu do coração
E da minha alma ferida!

                                    09.01.2006

                                                                                                                                                                    

AO SABOR DA TEMPESTADE


 AO SABOR DA TEMPESTADE 

de
Maria Zélia Gomes

Ao sabor da tempestade
Há pedaços de saudade
Há tristeza e nostalgia 
E sob as nuvens do céu
A neblina é denso véu 
Que ofusca a luz do dia 

Choram as nuvens tristeza
E na terra a natureza
O seu verde irradia 
Ao sabor da tempestade 
Pedacinhos de saudade 
Fazem nascer … Poesia! 
  05.04.2007

APENAS SONHO


APENAS SONHO
de
Maria Zélia Gomes

Toca-me …
Como se eu 
Fosse cetim
Como se fosse
Rosa de
Jardim 
Como se fosse
Deusa em altar …
Ama-me …

Com carinho
Desmedido
Segreda teu amor
Ao meu ouvido
E deixa que eu
Continue a sonhar!
  09.02.2007

APENAS HOJE EU GOSTAVA


APENAS HOJE EU GOSTAVA

de
Maria Zélia Gomes

Apenas hoje eu gostava
De ter o odor da flor
Ter pétalas de linda cor
Encantar-me com o amor
Ah … meu Deus … 
Como eu gostava …

Apenas hoje eu gostava
Ser estrela cintilante
Ter um amor anelante
Um carinho delirante
Uma paixão sufocante …
Ah … meu Deus …
Como eu gostava!
  13.10.2006

APENAS UM MOMENTO


APENAS UM MOMENTO
de
Maria Zélia Gomes

Apenas quero um momento
Para pensar na saudade
A saudade que me invade
E que dói no pensamento

Apenas um só momento
Quero que a vida me dê
E pensar que a alma lê
Os sonhos do pensamento

Quero apenas um momento
Um momento … um instante
Uma fracção de segundo …

À vida peço … alento …
Seja o alento bastante …
Pra encarar novo mundo!





APAIXONEI-ME PELOMAR


APAIXONEI-ME PELO MAR 
de
Maria Zélia Gomes

Segui pela velha estrada
Para a manhã encontrar …
Fiz de cama, a alvorada 
Do mar fiz a almofada 
E do sonho, o luar!


E a manhã encontrei
Toda enroscada no sol …
A alvorada deixei 
Do mar me enamorei …
Deitei-o no meu lençol!


E o mar enamorado
Enlaçou-me em seus braços …
E ficámos lado a lado 
Rosto no rosto colado 
Enleados entre abraços!
 06.02.2006

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

DESTROÇOS


DESTROÇOS

de
Maria Zélia Gomes

Nos destroços
Do passado
Anima-se a
Minha voz …
Com odor de
Nostalgia …
E lá no céu
Matizado
No grito do
Vento uivado …
Soa-me a voz
Como um fado …
No presente …
Em poesia!
 08.03.2013

DESPEÇO-ME


DESPEÇO-ME
de
Maria Zélia Gomes

Não me despeço de nada
Nem da noite … madrugada
Nem das flores deste jardim
Não olho a lua cheia
Que se derrama na areia
À beira do mar sem fim

Não me despeço da vida
Que sempre me deu guarida
E me quis bem de verdade
Digo adeus à solidão
Que marcou meu coração... 
Despeço-me … da saudade!

AO ACORDAR


AO ACORDAR
de
Maria Zélia Gomes

Manhã cedo ao acordar
Vi astro sol reluzente
No meu quarto a caminhar
Raios belos a brilhar
Beijando-me docemente

No lugar vago no leito
Veio o sol se deitar
Ficou fervendo meu peito
Cerro os olhos … me deleito
E adormeço a sonhar!
 13.05.2007

ANSEIOS A VAGUEAR


ANSEIOS A VAGUEAR

de
Maria Zélia Gomes

São meus delírios
Confissões sem medo 
Dos meus martírios
Presos em segredo 
Das minhas preces
Feitas em surdina 
Nascidas e envoltas
Em neblina 
Meus medos 
Meus anseios 
Sentimentos 
Deixados por mim
A vaguear 
No espaço sideral
Na escuridão 
Vou fechar a minha alma
Por momentos 
Vou deixar meus medos
Para sonhar 
E vou tornar mais leve 
O coração!
  16.11.2006 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

CORRE A VIDA SEM DESCANSO


CORRE A VIDA SEM DESCANSO

de
Maria Zélia Gomes

Corre a vida sem descanso
Qual rio directo ao mar …
Da vida eu não me canso
Mas com coragem avanço
No limite … do olhar

Meu olhar cuja esperança
Traz uma nova mensagem …
Que haja fé e confiança
Pois quem espera sempre alcança
Sem se perder na viagem!

                                   

CRESCE A POESIA


CRESCE A POESIA
de
Maria Zélia Gomes

Nas minhas
Madrugadas
De encanto
Vem a noite
Doce com
Seu manto
Preencher
Meus sonhos
De alegria
Vem a brisa
Suave …
De mansinho
Roçar meus 
Lábios com
Seu carinho
E cresce em
Minha alma
A Poesia!
  27.07.2006  

CONJUGAR O VERBO AMAR


CONJUGAR O VERBO AMAR
de
Maria Zélia Gomes

Fui procurar o luar
Para com ele conjugar
O verbo amar, no presente
A lua me iluminou
O luar me ensinou
Como amar eternamente

Procurei na nostalgia
Palavras para poesia
Para rimar com amar
Palavras … não encontrei
Calada me emocionei
O amor não conjuguei …
Fiquei na vida a chorar!
    19.10.2006