quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ABANDONADA

























ABANDONADA
de
Maria Zélia Gomes

És a saudade
Que invade
O coração
Dos amantes…
Estás constante
Cerceando,
A vida
Que em instantes,
Deixa sinais
Tão marcantes,
Fortes …
Densos …
Tão vibrantes,
Que apertam
Como garras,
Que laçam
Como as amarras
Dos barcos
Num qualquer cais!

És o grito
Lancinante
Que vibra,
Tão densamente
No coração
Mais sofrido …
És a dor …
Que alastra
Como chaga,
Tão latente …
Tu és …
A fome …
E o frio …
A brisa fresca
De Outono,
Que me deixa
Assim …
Só e triste …
Ao abandono... !!!


01.10.2005

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