quarta-feira, 25 de julho de 2012

NOITES DE NEBLINA




NOITES DE NEBLINA



de
Maria Zélia Gomes





Em noites de neblina o mar se entrega


No balanço das ondas uma a uma


O eco do silêncio é que me leva


A entregar mágoas, em sua espuma



 

Entre altas vagas singram caravelas


E o mar que era azul ficou cinzento


Lá no cimo, no céu, não brilham estrelas


E a tempestade uiva com o vento





 É noite e a escuridão se faz presente


E a tempestade grita, qual demente


Que enredada está em seu lamento …



 

As vagas com fragor se desfazendo


Levam pra longe as mágoas que, morrendo


Carregam a saudade … com o vento!




08.01.2009





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